Ítalo Ferreira concentrado na estreia de Abu Dhabi: “Tudo depende de mim”

Após a grandiosa abertura da temporada em Pipeline, no Havai, a elite do surfe encara um novo desafio: a piscina de ondas de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. Sob a supervisão de Kelly Slater, essa piscina marca sua estreia no circuito da WSL como a mais avançada do mundo, além de ser a primeira a utilizar água salgada. Entre os dias 14 e 16 de fevereiro, os surfistas terão a chance de demonstrar suas habilidades em uma onda artificial que exige manobras progressivas, especialmente as aéreas.

Ciente das especificidades de competir em uma piscina de ondas, o campeão olímpico de ouro e mundial aponta as diferenças entre surfar ondas quase idênticas, com mínima interferência externa, e lidar com as condições imprevisíveis do mar. Em entrevista ao GLOBO, ele explicou:

— Na piscina, você precisa planejar mentalmente como vai realizar a leitura da onda, aproveitando duas chances para somar pontos nas direções esquerda e direita. No mar, há mais incertezas, com o plano A de pegar as melhores ondas e o plano B de se adaptar ao que aparecer, dependendo do vento, da maré e da força das ondas.

Apesar das imprevisibilidades do oceano, Ítalo revela sua preferência por surfar no mar, destacando a variedade das ondas e a oportunidade de explorar diferentes locais ao redor do mundo. No entanto, ele reconhece a vantagem da piscina para o treinamento dos surfistas profissionais, permitindo um aproveitamento máximo do tempo de preparação nas viagens.

— Com certeza, vejo um progresso de mais de 100% no meu surfe, tanto para a direita quanto para a esquerda, treinando na piscina. Tenho dedicado muito tempo à Boa Vista Village, em São Paulo, onde posso fazer sessões rápidas e testar equipamentos. Às vezes, até deixo de viajar para alguns destinos para focar mais no treino — conta o potiguar.

Quando se trata de equipamentos, Ítalo prefere a prancha Epóxi, feita de EPS (poliestireno expandido) com resina Epóxi, ao invés da tradicional prancha de PU (poliuretano), mais comum no mar. Ele explica que se sente mais confortável ao realizar aéreos mais altos, sem se preocupar com a possibilidade de a prancha quebrar ou de sofrer lesões durante a aterrissagem.

Além disso, ele fala sobre a importância da preparação física e mental para esta etapa. Embora haja um limite de apresentações por bateria, a extensão da onda artificial exige resistência, principalmente na parte inferior do corpo, já que a remada é praticamente inexistente:

— Tivemos pouco tempo para nos preparar após o Havaí, mas acredito que a preparação já estava sendo feita antes do início da temporada. O aspecto físico é essencial, mas é crucial também estar bem mentalmente para um bom desempenho. Todos terão as mesmas condições na piscina, então tudo depende de mim — destaca o medalhista olímpico, que recentemente ficou em 3º lugar em Pipeline.

Com a confiança de quem possui experiência, Ítalo está preparado para enfrentar este novo desafio em Abu Dhabi e continuar em busca do título da WSL.

Via: https://www.if15.com.br/post/-28 – adaptado.

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