Família embalsamou a avó em resina e a transformou em objeto de decoração! Será?

Recentemente, uma história intrigante circulou pela internet afirmando que uma família americana teria transformado o corpo da avó falecida em uma peça de decoração ao embalsamá-la em resina e colocá-la no centro da sala de estar. Essa notícia ganhou destaque em diversos sites e redes sociais durante a segunda quinzena de junho de 2023.

No entanto, uma análise mais detalhada revela que essa história não é verdadeira. A imagem que gerou essa confusão foi criada como uma brincadeira e não reflete um evento real. A foto da senhora embalsamada em resina apresenta várias inconsistências, como a presença de seis dedos na mão direita e deformações que sugerem que a imagem foi manipulada digitalmente.

Uma busca reversa revelou que a imagem foi originalmente publicada no perfil do Twitter de Kelly Port, um supervisor de efeitos visuais de Hollywood, em 18 de junho de 2023. Port havia criado uma montagem digital de um cachorro conservado em resina. No dia seguinte, o usuário Free Willie Urbs respondeu à postagem com uma variação da imagem, substituindo o cachorro por uma figura de uma senhora. O próprio Free Willie Urbs confirmou que a imagem foi editada usando uma ferramenta de Inteligência Artificial disponível em uma versão beta do Photoshop.

Em termos legais, a ideia de conservar corpos em caixões translúcidos não é nova; por exemplo, em 1903, o inventor russo Joseph Karwowski patenteou um caixão de vidro sólido para preservação de corpos. Nos Estados Unidos, as regulamentações variam de estado para estado. Em geral, manter um corpo em casa não é permitido devido a questões de saúde pública e respeito aos mortos. Mesmo em estados onde enterrar um familiar no quintal pode ser legal, é necessário obter uma autorização adequada.

No Brasil, a legislação é ainda mais rigorosa. O Código Penal brasileiro, no artigo 212, considera crime o vilipêndio a cadáver, e a lei exige que o óbito seja registrado e o corpo seja enterrado ou cremado conforme as normas de saúde pública.

Portanto, a história de uma avó embalsamada em resina como decoração é uma criação fictícia, fruto de uma montagem digital e não um evento real. A imagem é um exemplo de como a inteligência artificial e a edição digital podem ser usadas para criar e disseminar informações falsas.

Saiba mais em: https://www.portalpopmais.com.br/familia-embalsamou-a-avo-sera-verdade/?amp=1

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